A gestão financeira é um dos aspectos mais importantes e delicados da administração de uma igreja. Um mau gerenciamento dos recursos preparados por Deus pode impedir uma congregação de crescer, ou até mesmo impossibilitar que se mantenha de forma adequada. E como em todas as outras áreas da igreja, é necessário que exista um planejamento também na gestão de financeiro.
O planejamento financeiro facilita o entendimento da realidade da igreja, ajudando a acompanhar os recursos que entram e saem, o que está disponível para ser investido, e quais os períodos com mais gastos e contribuições. Tendo esse panorama, a igreja consegue planejar ações a longo prazo, criar metas e colocar projetos em prática.
Essa organização pode ser trabalhosa no início, mas o resultado é uma mudança positiva na forma como a igreja lida com as finanças.
Neste artigo, vamos te ajudar a dar os primeiros passos para otimizar ou iniciar um planejamento financeiro que ajude sua igreja a alcançar os resultados que deseja. Confira!
Dica 1: Escolha o responsável pelas finanças.
Em congregações pequenas, é comum que o pastor também cuide das finanças e da gestão administrativa da igreja. Porém, o ideal é que essa área tenha pelo menos um voluntário ou um funcionário para cuidar especialmente disso.
O financeiro é uma área delicada, pois gerir os recursos da igreja é algo desafiador e que merece muita atenção. Um pastor atarefado pode não conseguir dedicar o tempo necessário para isso, ou acabar deixando de lado outras responsabilidades para atender a gestão financeira.
A liderança deve selecionar alguém de confiança e com os conhecimentos fundamentais para atender essa área com o cuidado e dedicação que o financeiro necessita.
Dica 2: Tenha um fluxo de caixa sempre atualizado e detalhado
O fluxo de caixa nada mais é do que uma relação de todos os recursos que entram e saem. É uma ferramenta simples mas que pode ajudar muito a igreja a enxergar um panorama da sua situação financeira.
Para fazer o fluxo de caixa, é preciso levar em consideração o saldo inicial, as receitas (entradas), as despesas (saídas), e o saldo final. Tendo isso, é fácil definir quais são as entradas e saídas fixas da igreja, um passo fundamental para a gestão financeira de qualquer instituição.
Atualizar esses dados com a maior frequência possível deve ser um hábito. Sem isso, é impossível fazer um planejamento financeiro. Igrejas que não fazem o fluxo de caixa, ou que não o atualizam, não tem uma perspectiva de como serão seus gastos futuros, não conseguem se planejar para grandes projetos e não tem uma segurança para evitar possíveis problemas financeiros.
Tendo essas informações sempre atualizadas, é possível compreender com clareza se sua igreja precisa de mais arrecadação, ou se a situação é propícia para novos investimentos.
Dica 3: Faça um orçamento mensal e anual.
Baseado nos períodos anteriores, a igreja deve fazer uma definição de quanto espera receber e gastar nos meses futuros. É importante que, além de uma previsão de acordo com os dados já analisados, essa definição compreenda necessidades e desejos da igreja. Por exemplo: se em um mês houve um gasto maior do que o planejado, o ideal é que o orçamento para o próximo seja mais restritivo, para que a congregação não tenha dificuldades em pagar as contas. Da mesma forma, se há recursos sobrando, é possível planejar investimentos maiores para o próximo período.
É essencial também definir o quanto se deseja gastar com diferentes áreas da igreja. Os recursos destinados para a manutenção e contas fixas jamais devem ser utilizados para investir em novos projetos ou melhorias que não sejam essenciais. Cada tipo de investimento deve ter seu próprio orçamento.
Dica 4: Conte com recursos tecnológicos
Nos últimos anos, a tecnologia se tornou uma grande aliada das igrejas, e não deve ser diferente com o planejamento financeiro.
Utilizando um software específico para isso, a igreja consegue automatizar diversos processos, tornando o trabalho mais eficiente mesmo com uma equipe pequena. Além disso, as informações ficam centralizadas em um só lugar acessível por toda a equipe, sem precisar depender de diversas planilhas e documentos. O benefício mais importante de utilizar recursos tecnológicos no planejamento financeiro é ter a informação real, já que usar uma plataforma diminui muito as chances de erro humano.
Dica 5: Envolva a liderança da igreja no planejamento.
O objetivo do setor financeiro da igreja é possibilitar que os diversos ministérios façam seu trabalho e cumpram seu propósito da melhor maneira possível, de acordo com os recursos disponíveis. Para isso, é indispensável que os pastores e os líderes de cada ministério estejam cientes da situação financeira da igreja.
O planejamento financeiro deve incluir orçamentos específicos para cada área da igreja, portanto os líderes e os responsáveis pelas finanças precisam realizar essas definições em conjunto. Isso não quer dizer que eles devem estar envolvidos nos pormenores, mas sim que devem estar sempre bem informados. Assim, os ministérios também entendem quando é um bom momento para investimentos grandes, novos projetos e eventos, e quando a igreja deve poupar gastos.
Todas as igrejas podem se beneficiar com um bom planejamento financeiro, e seguindo essas dicas você terá uma visão mais clara do que precisa ser feito no âmbito de gestão para cumprir seu propósito para o Reino de Deus. Planejar é o melhor caminho para chegar aonde se deseja!